Crítica: DC Universe Rebirth

Três dias depois de seu lançamento, a HQ Rebirth do Universo DC Comics já estava esgotada nas bancas dos EUA. O sucesso de vendas se expandiu às críticas, onde acumulou elogios em sua maioria esmagadora.
Com a promessa de recolocar a editora nos trilhos após os fracassos dos Novos 52, Renascimento, como é chamada aqui esta nova fase da DC, foi bem recebido, mesmo que ainda tenha deixado vários fãs receosos por causa da série de decisões ruins tomadas nos últimos tempos - e com razão.
A DC revelou as mudanças em conferências nos últimos meses. Muitas das decisões, como o retorno dos clássicos Oliver Queen e Wally West - YES! -, foram aplaudidas. Outras, como um título único de um Superman chinês, nem tanto, porém, não foram tão relevantes quanto as mudanças que trazem de volta o espírito perdido da editora há anos.
Toda a equipe de criação foi escolhida a dedo, roteiristas, desenhistas e até os responsáveis pelas cores e diálogos. Com a supervisão de Geoff Johns, este parece ser o primeiro passo para a volta tão esperada das boas histórias e personagens perdidos.
O roteiro, por Geoff Johns, já nos mostra uma narração de Wally West. Esquecido e substituído por outro nos Novos 52, o Kid Flash volta preso na Força de Aceleração e está entre a vida e a morte. A fim de evitar tal desfecho, Wally recorre aos amigos de outrora, ele precisa que alguém lembre de sua existência apagada para que volte à vida.
Primeiro, Wally procura por Batman, depois, outros membros da Liga e se desespera quando sua própria mulher não se recorda de sua existência. Nos momentos de pensamentos, onde os diálogos mostram West refletindo consigo mesmo sobre os erros da vida, deixando subentendido um belo pedido de desculpas da DC Comics, como se a editora estivesse ali, vestida de amarelo e vermelho pedindo seu perdão com uma história que promete.
E assim o roteiro prossegue até os últimos momentos de vida de Wally, quando encontra Barry em sua última investida antes de morrer. A última esperança para que seja lembrado e volte a viver. E, no último segundo, quando a morte de Wally já é aceita, Barry se lembra de tudo em um momento que fez todos se emocionarem.
Esta parte arrancou lágrimas
A história ainda se desenrola com Wally contando a Barry alguém extremamente poderoso "roubou" cerca de 10 anos da vida dos heróis a fim de enfraquecê-los através da inexistência de laços. E, nesta linha temporal alterada, o Arqueiro Verde não conhece a Canário Negro, nem Wally West original existe, por exemplo.
Enquanto West conta a Allen tudo isto, o motivo de ninguém se lembrar de nada e os laços não existirem, são mostrados quadros de desenvolvimento de outras personagens na história. Batman, por exemplo, após a aparição de Wally, tal qual Barry em Crise nas Infinitas Terras, mencionada e referenciada em toda a HQ, lembra-se de sua mensagem e analisa a carta de seu pai para ele, vinda de outra linha temporal, arco chamado Flashpoint, ou Ponto de Ignição.
Neste arco, Barry quebra a barreira do tempo, volta e consegue evitar a morte de sua mãe causada pelo Flash Reverso. Isso desencadeou um efeito borboleta, deixando o mundo em guerra e, consequentemente, fazendo alterações na linha temporal. Barry conserta o erro, mas dá um bug na realidade e o Universo dos Novos 52 é criado.
Mas, voltando a Rebirth, ainda nos é apresentado Batman investigando a veracidade da existência de três Coringas; nos é mostrado também como a alteração de realidade afetou Johnny Trovoada, da Sociedade da Justiça que está internado em um asilo já que ninguém acredita no que ele diz; há, ainda, um indício da Legião de Super-Heróis e; o Átomo descobre a existência de um microverso e fica preso lá, solicitando ajuda ao seu pupilo, Ryan, que poderá assumir o manto para salvar Ray Palmer.
A narração de Wally ainda se estende para apresentação e reforço de novos e antigos heróis conforme vai deixando pistas do papel de Watchmen em Rebirth, como Damian Wayne, o atual Robin, os novos Lanternas Verdes e Aqualad. Além, é claro, da morte de Pandora sendo desintegrada igual Rorschach.
No decorrer da revista, Aquaman pede a mão de Mera em casamento, Clark está recluso com seu filho e é visitado por um homem encapuzado e Batman encontra o botton do Comediante em sua caverna ao mesmo tempo que Wally narra "Estamos sendo vigiados" - mas QUEM VIGIA OS VIGILANTES? -. Seria o Comediante um dos três Coringas? Espero que não.
Depois de quase 70 páginas e com uma chuva de informações que agradam os saudosistas da boa fase da DC e mantendo o que agrada nas novas gerações, vemos sair das páginas de Watchmen para entrar para a história de Renascimento - sei de alguém que está reclamando até agora -, imagens de um relógio novo e suas engrenagens sendo comparados a um antigo. Um relógio com números romanos. Um relógio marcando as últimas horas do mundo, a contagem regressiva. E, em sincronia, uma conversa entre Dr. Manhattan e Ozymandias sobre o futuro do mundo. Porém, "Nada nunca tem um fim".
Se as edições sequentes seguirem o excelente nível de história e arte, temos por aí uma ótima fase da DC, que pode ser a chave para recolocá-la no patamar que perdeu. Só resta aguardar e torcer pela continuação desta história.
A previsão de chegada no Brasil é para 2017, segundo a Panini.

Nota: 5/5
E você? O que achou de Rebirth? Ainda receoso? Empolgado? Deixe sua opinião nos comentários abaixo!


Crítica: Batman, O Cavaleiro das Trevas III - A Raça Superior Vol.1


Há uns dias saiu nas bancas a terceira parte da icônica HQ Cavaleiro das Trevas, de Frank Miller, publicada pela DC Comics. O roteiro de Miller e Brian Azzarello (Coringa, Mulher-Maravilha) nos introduz à primeira parte das oito, intrigando com todos os planos de fundo que interligam a história.

A arte de Andy Kubert caminha ao lado do que é proposto pelos roteiristas, ditando um ritmo de poucos quadros, querendo uma maior objetividade e indo de encontro ao fiasco de 2001, a segunda parte de Cavaleiro das Trevas.

Temos, em vista, uma trama com 3 personagens principais, Carrie Kelley, a ex-Robin, Mulher-Maravilha e a ainda Comissária Ellen Yindel. De um lado, duas mulheres fortes e completamente independentes, do outro, uma antiga soldada de um Cavaleiro, tentando seguir seus passos e ideais. O feminismo fortemente presente é muito bem trabalhado e as pontas deixadas para os próximos capítulos nos enchem de expectativas.

O primeiro volume veio com uma premissa de mistérios, apresentando um Batman que volta a surrar policiais, principalmente agora que voltou a ser perseguido pela mesma após a aposentadoria do Comissário Gordon na primeira parte. A forte presença da mídia no caso, assim como o clássico de 1986, e a inserção de fotos por celular e conversas virtuais dos acontecimentos fortalece os lados da corda que pendem para os fãs mais tradicionais e também aos novos, tornando a HQ tão atual quanto suas predecessoras.

Num segundo plano, nos é apresentada a Mulher-Maravilha, agora com um filho bebê (ainda não foi revelado quem é o pai), mostrando seu lado feminino mais frágil e maternal em contraste com a guerra em seu coração, amamentando-o logo após uma luta. Ao voltar para casa, descobre que sua filha fugiu novamente e o próximo quadro leva ao terceiro plano de fundo.

Uma filha do Superman (talvez com a Mulher-Maravilha) está no que parece ser a Fortaleza da Solidão, ao lado de um Clark congelado e de Kandor ainda em estado diminuto, da mesma forma que Brainiac deixou. Arco esse que vai até à história do Átomo nesta revista, herói este que Lara procura a fim de pedir ajuda a Kandor, já que seu povo está cansado de ser pequeno e anseia a normalidade mais que tudo, levando a crer que talvez esta seja a Raça Superior à qual Miller e Azzarello se referem.

A revista é de leitura rápida e agradável, com poucas páginas e quadros, mas é completamente trabalhada em metáforas, suposições e detalhes, nada além do esperado de Miller, sendo assim, é aconselhável ler duas vezes para entender as referências antes perdidas. Em suma, a nova parte de Cavaleiro das Trevas começou muito bem e com um interessante plot twist no final, mesmo que não seja de muito agrado e, por isso, torço para que dê certo a iniciativa.

Nota: 4/5





Crítica: Capitão América: Guerra Civil


Fui ao cinema assistir ao aguardadíssimo terceiro filme do Capitão América, Guerra Civil. Sabendo o histórico cinematográfico da Marvel e tendo lido a HQ, estava com baixas expectativas do filme por não acreditar que não conseguiriam fazê-lo sério o suficiente. Resultado: foi mais sério que seus predecessores, mas pecou em alguns momentos.

Na HQ, a divisão entre Capitão América e Homem de Ferro dá-se através do choque de opiniões sobre o registro dos super-heróis ao governo, ou seja, revelar suas identidades e dados pessoais - coisa que a Viúva Negra já vazou no segundo filme do Capitão, Soldado Invernal. Já no filme, é o tratado de Sokovia, onde, pela união de vários países, decide-se que os Vingadores agora devem agir de forma fiscalizada, de modo que tal ação só pode ser tomada se passada pela aprovação do governo.

Após os acontecimentos em A Era de Ultron, Tony Stark decide apoiar o governo nesta decisão, afirmando que será melhor para o grupo e o mundo se o grupo for fiscalizado. Por outro lado, Steve Rogers vai de encontro à proposta, defendendo que o governo pode vir a ter decisões que tenham fins para benefício próprio e se recusa a aceitar um possível futuro onde enxerga a si mesmo de mãos atadas diante de uma catástrofe.

Outro ponto chave para a "rebelião" do Capitão América é a perseguição ao Soldado Invernal, amigo de infância de Steve, que o julga inocente do atentado à ONU e o defende contra o governo. Nesta visão, Rogers tem consciência que a vida de seu amigo está em jogo e muito mais pode estar futuramente enquanto que Stark trata a decisão do Capitão como traição.
Em outro plano de fundo, as apresentações do Homem-Aranha e Pantera Negra foram, no mínimo, espetaculares. Mesmo com o foco em Capitão América contra Homem de Ferro, os momentos com os dois "novatos" foram os melhores, o auge do filme. Tom Holland interpreta o que promete ser o melhor Aranha do cinema, repleto de fan service.

Já o vilão, Zemo, de longe foi o ponto fraco do filme, já que suas intenções demoraram demais para ficar claras e nem os seus plot twists foram suficientes para salvá-lo.

O jogo de câmeras está melhor que os últimos filmes da Marvel, as cenas de ação estão bem coreografadas e as atuações não deixaram a desejar. Em suma, o filme cumpriu o que prometeu e não precisou ter um roteiro piadista para isso. Se a nova fase cinematográfica da Marvel for desenvolvida a seguir os passos de Guerra Civil, teremos ainda filmes melhores e mais sérios.
Nota: 4/5

SyFy está próximo de assumir série sobre Krypton


Krypton, a série que contará a origem de Superman está próximo de um acordo com o canal de TV SyFy.
A série é criada por David Goyer, roteirista de Batman v Superman e Man Of Steel e tem os planos de seguir a fórmula de Gotham, que, por sua vez, narra a história da infância e adolescência de Bruce Wayne. Partindo desse pressuposto, a trama se desenrolará cerca de 200 anos antes dos tempos atuais e através do avô de Kal-El, que vivendo em um Krypton completamente sem esperança, busca trazê-lo de volta à ordem e restaurar o respeito de sua casa.
Goyer ainda revelou que mesmo com a limitação de recursos da televisão, completamente sem comparações com os efeitos do cinema, é possível a utilização de algumas ideias descartadas no filme do Homem de Aço de 2013, prometendo explorar a fundo a cultura do planeta e suas personagens.
O episódio piloto foi escrito por Ian Goldberg (Once Upon a Time, FlashForward), que também será responsável pela produção executiva ao lado de Goyer.
Não há data de estreia para Krypton.

Fonte:
Hollywood Reporter

O que você acha dessa série? Dará certo ou será outra aposta televisiva sem graça como Arrow e Supergirl? Deixe sua opinião nos comentários abaixo!

DC Comics anuncia novo selo em parceria com vocalista de 'My Chemical Romance'


Gerard Way, vocalista da banda My Chemical Romance e roteirista das HQs The Umbrella Academy será "tutor" do selo Young Animal, o novo da DC. A marca terá quatro publicações sob o comando de Way.
Estou animado de ajudar a trazer à vida o selo Young Animal da DC, já que fui criado consumindo visões experimentais dos super-heróis dos anos 1980 e 1990. O selo permitirá à editora explorar belas artes, conceitos ousados, temas maduros e estranheza - com muito coração. - Gerard Way
Os quatro títulos serão:

  • Doom Patrol: Este será o carro-chefe do selo, com roteiro do próprio Way e arte de Nick Derington (Mulher-Gato). A série girará em torno de heróis e vilões estranhos;
  • Shade, The Changing Girl: HQ de ficção científica escrito por Cecil Castellucci (Star Wars: Moving Target) e desenhos de Marley Zarcone que contará a história de uma adolescente de 16 anos que possui alienígenas morando em seu corpo. Lançamento previsto para outubro.
  • Cave Carson Has A Cybernetic Eye: Personagem da Era de Prata da DC que viajará pelos lugares mais sombrios e inóspitos da terra e da mente. Também previsto para outubro.
  • Mother Panic: Este último também é roteirizado por Way, ao lado de Jody Houser (Attack on Titan). A história nos apresentará Violet Paige, vigilante de Gotham City (mais uma) que lutará contra os crimes de colarinho branco.

Fonte:

Qual sua opinião sobre esta aposta da DC? Acha que pode dar certo ou a editora deveria investir mais na Vertigo? Deixe seu comentário abaixo!


Especial Superman

    Aqui inicia-se um post especial de aniversário do herói mais importante dos quadrinhos que através dos valores de verdade e justiça, inspira todos ao seu redor. Um símbolo de esperança que influencia gerações há mais de meio século. Nota do autor: leia este post ouvindo o famoso tema composto por John Williams, ele fala por si só.
   Ontem, 18 de abril, foram completados 78 anos da primeira aparição de Superman nas histórias em quadrinhos – YES! - e isso só serve para vermos o quão velhos estamos ficando (ou não). Criado por Jerry Siegel e Joe Shuster a 1938, o azulão foi predecessor do sucesso de super-heróis na cultura popular dali em diante. Tamanho reconhecimento que a revista Action Comics #1 com a clássica imagem de Supes erguendo um carro com as mãos para salvar Lois de gângsters virou marco zero para a mídia de HQs e continua sendo a edição mais valorizada, chegando a ser vendida por 1,5 milhão de dólares em leilões. 
   Mas a popularidade do herói de Krypton só veio a aumentar com o tempo, nos agraciando com aventuras únicas e experiências particulares. Seja em histórias solo ou em missões da Liga da Justiça, Supes é sempre aquele a ser seguido, espelhado e admirado por todos graças aos seus valores. Abaixo segue uma lista dos melhores arcos do Superman para você, entusiasta como eu, que deseja conhecer a personagem além das atuações de Henry Cavill. Histórias que talvez não perpetuariam caso fossem sobre outra personagem.
              As Quatro Estações (2003) 
Produzida por Tim Sale e Jeph Loeb, vemos o passado, presente e futuro do Homem de Aço apresentados em meio às estações do ano. A história mostra momentos icônicos de Clark transparecidos de acordo com a representatividade de cada período de tempo. Mesmo com alguns momentos repetitivos, é uma excelente história. 
              Superman: Homem de Aço (1986) 
Após Crise nas Infinitas Terras, coube ao britânico John Byrne reinventar Superman – tarefa difícil. Publicado como The Man Of Steel 01-06, temos aqui uma das origens de Supes mais aclamadas pelos fãs. Contando a história de um Clark mais humano e conhecendo seu passado apenas na fase adulta, Luthor deixando de ser um cientista maluco e a inexistência de Supergirl e Superboy, este arco é, sem dúvidas, um dos maiores clássicos não só do azulão, mas também da história dos quadrinhos. 
              Entre a Foice e o Martelo (2003) 
Mark Millar, Dave Johnson e Killian Plunkett trouxeram à tona uma história que perguntava "E se a nave de Superman tivesse caído na URSS e não nos EUA em plena Guerra Fria?". Esta HQ é intrigante e excepcional do começo ao fim, explorando conceitos, costumes e crenças distintas do que era "cânone" da personagem. Felizmente uma aposta que deu certo, pois é um clássico moderno da nona arte. 
              Superman: Grandes Astros (2006-2010) 
Nas mãos do grande Grant Morrison e de Frank Quitaly, é a importância do Homem de Aço que é explorada – no mundo real, principalmente. Luthor obriga Supes a agir à beira do Sol, o que não apenas o sobrecarrega, mas também deixa sua vida com dias contados. Sabendo do pouco tempo de vida, Clark começa a resolver as pontas de sua vida. A essência da personagem é tão forte nestas revistas que é capaz de marejar os olhos em algumas partes. 
              Para o Homem que Tem Tudo (1985) 
Pouco antes de WatchmenMoore e Gibbons apresentam um aniversário diferente do SupermanBats, Robin II e Mulher-Maravilha vão visitá-lo na Fortaleza da Solidão e se deparam com Clark completamente perdido num mundo de sonhos, onde ele vê a si mesmo num Krypton que não explodiu, sua família está completa e Jor-El é considerado maluco por ter adivinhado o fim do mundo que não aconteceu. Descobre-se mais tarde que o motivo desse transe é uma planta deixada por Mogul – sim, o trio vai ter que lutar contra ele. Mais uma grande história do Supes.
              A Morte do Superman (1992) 
Aqui, Dan Jurgens, Louise Simonson, Roger Stern, Karl Kesel, Jerry Ordway, Jackson Guice, Jon Bogdanove e Tom Grummett trazem o inesperado. No desespero em busca do aumento de vendas, o editor Cary Bates decidiu simplesmente matar o Superman. O arco durou quase dois anos e apresentou Apocalypse destruindo cidade, Liga da Justiça e, depois, o próprio Homem de Aço, mas não antes de uma excelente luta entre os dois. Supes morre nos braços de Lois, que, ao lado do mundo, chora sobre seu corpo. A história ainda foi além, erguendo quatro seres poderosos após os eventos em Metrópolis, mas isso é assunto para outro post. Esta é uma das HQs mais vendidas da história, um divisor de águas tanto para as gerações que já liam quadrinhos na época quanto para a nova, que ainda buscava motivos para começar.
              O Que Aconteceu com o Homem de Aço? (1986) 
Alan Moore e Dave Gibbons novamente (normal) na lista, e desta vez apareceram com esta outra históriaPara que o leitor situa-se na cronologia, o arco é pré-Crise nas Infinitas Terras, entretanto, Moore conta o adeus do Homem de Aço. Em segundo plano, temos Lois Lane já velha dando entrevista a um jornalista sobre o desaparecimento de Supes muitos anos atrás. Em primeiro plano, o azulão é atacado por todos seus principais inimigos, despedindo-se de seu arco para acomodar-se à reforma do Universo DC que veio em sequência. 
              Precisa Haver Um Superman? (1972) 
Elliot S. Maggin, Curt Swan e Murphy Anderson descrevem uma pergunta que vinha ecoando na mente de alguns, afinal, seria o Superman um entrave para a evolução humana já que o mesmo resolve os problemas do mundo enquanto que o homem apoia-se na comodidade, deixando-a fraca? A pergunta é feita pelos Guardiões de Oa a Superman, que, aceita a reflexão e busca ajudar a humanidade de forma mais construtiva. Esta revista foi outra referência no filme Batman v Superman, porém, quem julga Supes no filme é a Senadora. 
              Paz na Terra (1998) 
Paul Dini e Alex Ross. Nada mais precisa ser dito, principalmente quando juntados à causa de 60 anos de Superman e DC Comics, afinal, o que melhor para fazer que graphic novels dos heróis mais importantes? Supes veio primeiro (óbvio), e numa história que retrata a esperança (It's not an S) e a imagem de que nem mesmo com os poderes de Clark – que são muitos - é possível resolver todos os problemas da humanidade. Outra história que foca na reflexão da personagem. 
              Reino do Amanhã (1996) 
Mais uma obra de arte de Alex Ross, desta vez com Mark Waid, em 1996. A história se passa num futuro onde o Superman está velho e há muito aposentado, vivendo solitariamente e afastado das cidades enquanto a nova geração de heróis, formados por filhos e netos de seus seguidores, toma conta do planeta sem o menor indício de valores, heroísmo e ocupando-se com lutas sem sentido acusando a todos como inimigos. Após irresponsabilidade de um grupo desta nova geração, cerca de três estados dos EUA são destruídos por explosão nuclear. A fim de conter os novos ditos protetores da humanidade, Superman e Batman tomam partidos distintos enquanto Lex Luthor busca a destruição de todos. Uma das melhores HQs que eu já li na vida, sem contar as excepcionais artes, cores e referências.
   Se estas são as melhores histórias do Superman, também não podemos esquecer de outros quadrinhos e mídias que fizeram sua parte para enriquecer a personagem, tais como Superman v Muhammad Ali, Olho por Olho, Retorno a Krypton Kryptonita Nunca Mais, além dos filmes de Richard Donner e Snyder. Vale também indicações das animações próprias do azulão, além de Liga da Justiça e Super Amigos (é claro).
    É claro que citar todos os arcos que construíram a essência de Superman tornaria este especial maior que já está, então apenas classifiquei os mais importantes e de maior prestígio e reconhecimento. Tem alguma história preferida que não esteja aqui? Comente!